
Uma estudante de 11 anos, do 6º ano do ensino fundamental, fraturou os dois punhos e o cotovelo direito dentro da Escola Municipal Professora Laura Florêncio, no bairro do Salgado. O caso aconteceu durante o intervalo, enquanto a aluna aguardava na fila da merenda. A família alega omissão de socorro por parte da unidade de ensino e afirma que vai buscar responsabilização junto às instituições competentes.
De acordo com relatos da família, a menina estava na fila para se alimentar quando foi surpreendida e empurrada por outro estudante, caindo e fraturando os dois braços. A mãe contou que foi chamada à escola, mas não imaginava a gravidade da situação. Ela relata que chegou nervosa à unidade e não recebeu o apoio que esperava. “Ela me oferecer apoio pelo menino comigo. Ela viu que eu cheguei nervosa, cheguei aperreada e viu sozinha, disse: ‘não tenho documento, vou buscar em casa’. Quando eu fui buscar o documento em casa e voltei, eu peguei ela e levei na UPA”, contou a responsável.
Na Unidade de Pronto Atendimento, veio a confirmação das lesões. “Quando cheguei na UPA, o médico disse que ela tava com os dois bracinhos fraturados e precisava ir pro Recife. Então foi o que eu fiz. Ela ficou sendo medicada na UPA e depois foi internada no Recife no mesmo dia. E foi engessado os dois braços lá”, relatou.
Inconformada, a família procurou o Conselho Tutelar e a Secretaria de Educação, e afirma que não pretende encerrar o caso. Segundo os familiares, a escola não teria prestado o socorro adequado no momento do acidente. “Porque prestar socorro pra mim não só é ligar, não. É pelo menos sofrer isso pra ir com a mãe, ligar pra um Samu.”, criticou a responsável, cobrando uma atitude mais ativa por parte da equipe escolar.
A família também sustenta que, diante da gravidade das fraturas, a criança poderia ter sofrido consequências ainda mais sérias. Por isso, pede explicações formais da escola e do município, além de medidas para evitar novos episódios de violência dentro da unidade. A mãe diz que quer garantias de segurança. “A filha cobra explicações e quer garantir que situações como essa não voltem a acontecer no ambiente escolar”, resumiu.
O advogado Rodrigo Silva, presidente da Comissão de Direito da Família, explica que, em casos de agressão entre estudantes dentro da escola, a instituição pode ser responsabilizada. Segundo ele, a escola tem o dever de agir imediatamente diante de uma situação de violência ou acidente, sem precisar aguardar a chegada dos responsáveis para prestar socorro. “A atuações de agressão entre estudantes dentro da escola, a instituição pode ser responsabilizada. A uma fratura, a uma violência, ele [o gestor] precisa agir imediatamente e prestar os primeiros socorros, concomitantemente avisar os pais, sob pena de omissão, tá certo? Então não precisa esperar os pais chegarem na escola para depois prestar o atendimento. Não. Dependendo da gravidade do fato, a escola precisa é prestar os primeiros socorros”, reforçou o advogado.

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