
O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, manifestou nessa terça-feira (14) sua insatisfação com a escolha do Governo de Pernambuco em financiar as obras do aeroporto de Caruaru por meio de empréstimo, em vez de utilizar recursos federais já disponíveis. Segundo ele, a decisão representa um equívoco que pode comprometer o orçamento estadual.
De acordo com o ministro, o Governo Federal estava preparado para arcar integralmente com os custos da obra, sem ônus para o estado. No entanto, a governadora Raquel Lyra propôs uma divisão de investimentos, com R$ 75 milhões de cada ente. Posteriormente, o estado optou por buscar financiamento externo para sua parte, o que gerou críticas por parte de Silvio.
“É uma escolha difícil de compreender. Abrir mão de R$ 150 milhões em recursos federais e recorrer a empréstimos é, na minha visão, um erro que poderia ser evitado. Esses valores poderiam beneficiar outros municípios que enfrentam dificuldades financeiras”, afirmou o ministro.
Silvio Costa Filho também destacou que o projeto ficou paralisado por mais de um ano sob justificativa de ajustes técnicos, o que atrasou o cronograma e impediu o avanço da obra com apoio da União. Ele reforçou que o Governo Federal permanece aberto ao diálogo e disposto a investir em Pernambuco, mas lamentou o que classificou como “priorização de interesses políticos em detrimento da população”.
“O aeroporto de Caruaru tem potencial para impulsionar o turismo, gerar empregos e fortalecer a infraestrutura aérea do Agreste. Não podemos permitir que disputas políticas comprometam esse tipo de iniciativa”, declarou.
Durante o lançamento do projeto, a governadora Raquel Lyra reconheceu a importância da parceria com o Governo Federal e afirmou que a obra não tem viés partidário. Ela chegou a defender que o empreendimento seria ainda mais relevante se fosse totalmente custeado pela União.
Silvio Costa Filho concluiu lembrando que a decisão estadual contrasta com a política de investimentos do Governo Federal em Pernambuco, que inclui aportes no Porto de Suape, Porto do Recife, requalificação dos aeroportos de Recife, Petrolina e Serra Talhada, além da inclusão de Garanhuns e Araripina no programa AmpliAR, voltado à expansão da malha aérea regional.

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