
Com a violência fora de controle e o medo dominando as ruas do Cabo de Santo Agostinho, o prefeito Lula Cabral tomou uma medida extrema: entregou pessoalmente à governadora Raquel Lyra um ofício pedindo a convocação da Força Nacional para conter a onda de crimes que assola o município. O gesto escancara o fracasso da atual gestão estadual em garantir o mínimo de segurança à população.
Entre janeiro e maio de 2025, 68 pessoas foram assassinadas no Cabo. Em maio, o número de homicídios aumentou 21,4% em comparação ao mesmo período de 2024. E só nos primeiros 24 dias de junho, mais 13 mortes violentas foram registradas. Diante desse cenário alarmante, o prefeito cobra urgência do Governo do Estado, que parece seguir apostando em discursos e números contestáveis.
Atualmente, o 18º Batalhão da Polícia Militar é responsável pelo policiamento tanto do Cabo quanto de Ipojuca, contando com apenas 320 policiais para atender duas cidades inteiras. “É uma média de um policial para cada mil habitantes. É muito pouco”, criticou Lula Cabral.
Em resposta, o Palácio do Governo tentou minimizar a gravidade da situação alegando uma suposta redução de 14% nos homicídios este ano em relação a 2024. No entanto, a realidade nas ruas mostra o contrário: moradores amedrontados, comerciantes fechando mais cedo e uma sensação de abandono por parte do poder público estadual.
A promessa do envio de parte dos 2.400 novos PMs aprovados em concurso ainda é só isso: uma promessa. Enquanto isso, a população segue refém da violência e da omissão do governo estadual, que até agora não apresentou um plano efetivo para enfrentar a crise na segurança pública.

Deixe um comentário