Pela primeira vez, um veículo de comunicação de Caruaru é deixado de fora da cobertura oficial do São João. A Rádio Cidade FM, que vinha ganhando espaço e audiência na cidade, não foi incluída entre os parceiros da festa junina deste ano. A decisão pegou muita gente de surpresa — e não agradou.
Num evento que sempre teve a cara do povo, essa exclusão soa como um recado claro: nem toda imprensa é bem-vinda.
A quem interessa o silêncio?
A Rádio Cidade FM vem se firmando como uma voz ativa na cidade, com uma programação que tem aberto espaço para debates, opiniões diversas e uma cobertura mais popular. Justo agora que o São João está cada vez mais cercado de contratos milionários, camarotes privados e interesses políticos, uma rádio local e independente é deixada de fora. Coincidência?
A pergunta que fica é: quem perde com isso? Só a rádio? Ou a população que fica com menos opções para acompanhar e entender o que está acontecendo por trás das cortinas da festa?
Festa popular com imprensa selecionada?
A exclusão da Cidade FM levanta um debate importante: será que ainda podemos chamar de “festa do povo” um evento onde só entra quem é aprovado politicamente? O São João sempre foi símbolo de identidade, tradição e liberdade de expressão. Mas parece que, agora, está virando um evento fechado, onde até a imprensa precisa de aval.
Caruaru precisa ficar atenta
Essa decisão é mais do que um corte de parceria. É um sinal de que existe um filtro sendo feito, e isso afeta a transparência, a crítica e até o direito do povo de saber o que está acontecendo.
Tá Sabendo? 
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