
O Brasil tem medo. No início de abril, uma pesquisa da Quaest revelou que a violência se isolou no topo das preocupações dos brasileiros. Dias depois, o Datafolha disse que, apesar de a angústia econômica liderar o ranking do medo, a violência aparece logo em seguida. Embora o país tenha registrado a menor taxa de homicídios desde 2013, o que realmente tira o sono da população é a ascensão das facções. Estima-se que mais de 23,5 milhões de pessoas — um em cada dez brasileiros — vivam sob sua influência. A resposta do governo é a PEC da Segurança Pública, mas sua tramitação enfrenta incertezas no Congresso.
Pernambuco ocupa a 5ª posição no ranking dos estados mais violentos do Brasil, com uma taxa de 36,33 mortes violentas por 100 mil habitantes em 2024, conforme dados do Ministério da Justiça. (JC)
O Atlas da Violência 2024, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, destaca que, em 2022, Pernambuco registrou uma taxa de 37,7 homicídios por 100 mil habitantes. Onze municípios pernambucanos com mais de 100 mil habitantes estão entre os que tiveram as maiores taxas de homicídios do Brasil. Cabo de Santo Agostinho, por exemplo, apresentou uma taxa alarmante de 66,9 homicídios por 100 mil habitantes, sendo apontado como um dos municípios mais violentos do país.
Especialistas apontam que o avanço das facções criminosas, especializadas no tráfico de drogas, é o principal problema a ser enfrentado para reduzir os números de assassinatos no estado.(JC)
Enquanto a propaganda oficial fala em avanços, a realidade nas ruas mostra que a população continua refém da violência. A presença de facções criminosas e a falta de investimentos efetivos em prevenção e inteligência policial agravam ainda mais a situação.
A pergunta que fica: até quando Pernambuco vai ocupar os piores lugares nesse tipo de ranking?

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