O governo de Pernambuco vai pegar mais um empréstimo bilionário — R$ 1,5 bilhão com garantias da União — prometendo duplicar a BR-232 até Serra Talhada e construir o tal “Arco Metropolitano”, no Grande Recife. Mas o que o povo vê até agora? Rodovias esburacadas, obras paradas e promessas recicladas.
Segundo o secretário de Planejamento, Fabrício Marques, o dinheiro vai para o programa “PE na Estrada”, aquele mesmo que já foi anunciado várias vezes, mas que ainda não tirou do papel melhorias esperadas há décadas em várias regiões do Estado.
As obras prioritárias seriam a duplicação da BR-232 entre São Caetano e Serra Talhada, e o Lote 2 do Arco Metropolitano — trecho que, segundo o governo, “é o mais fácil de fazer”. Ou seja: o governo gasta milhões só para fazer o que já devia estar pronto há muito tempo. A pergunta que não quer calar é: e o resto das estradas do Estado? Vão continuar no abandono?
Essa é mais uma daquelas jogadas de marketing com carimbo de “grande investimento”: falam em R$ 20 bilhões em obras, mas os buracos continuam, o mato toma conta do acostamento, e os motoristas seguem correndo risco todos os dias. Sem falar nos projetos hídricos que, até agora, só existem no papel.
Enquanto isso, o povo paga a conta — com mais dívida, mais imposto, mais promessa. A Assembleia Legislativa já aprovou a autorização para esse novo endividamento, e agora o Estado espera o aval final do governo federal.
E sabe qual é a previsão para o dinheiro chegar? Agosto ou setembro de 2025. Até lá, seguimos com estradas de terra, rodovias federais em frangalhos e prefeitos implorando por tapa-buraco.
Se o governo estivesse mesmo preocupado com transparência, como diz o secretário, não precisava esperar “um ou dois meses” para melhorar o site oficial. Bastava mostrar o que de fato foi feito até agora com os bilhões que já pegaram.
Pernambuco não precisa de mais promessas com data futura. Precisa de resultado, de obra entregue e de gestão de verdade.
Tá Sabendo? 
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